Ter
um filho pode representar muitas coisas, para uma pessoa, inclusive a fé no
futuro. Li de uma autora da qual não recordo o nome neste momento, uma frase que
achei muito linda de que um filho é o nosso coração andando a nossa frente.
Intimamente
creio que as crianças nos são dadas, para aprimorarmo-nos no amor, e por isso,
a nossa participação na sua formação desenvolve-se no sentido de que suas
potencialidades sejam estimuladas de maneira global. Os pais não podem não agir diante dos filhos (Dolto,1999), isto
quer dizer que devem corrigir-lhes as
falhas e mais, incentivá-los na vida
acadêmica, nos esportes, e até nos primeiros passos em direção à
espiritualidade.
E
por falar em mostrar às crianças o caminho da espiritualidade, este não se faz
com discursos, ou obrigando-as a aprender decoradas, orações cujo sentido
foge-lhes à compreensão, senão demonstrar-lhes por ações a gratuidade do amor
divino. Tampouco lhes inculcamos quaisquer valores, mas estes são bem aceitos
quando somos exemplos de vida.
E
por sentir assim, é importante que os pais expliquem e convidem seus pequenos
para o exercício de práticas de espiritualidade em seu domicilio e se façam
acompanhar por eles em visitas ao templo, para que neles vá se desdobrando a
curiosidade e ampliando o respeito pelas atividades sagradas, como se
desenvolvem também em outras tantas atividades.
Pais
que professam uma religião e são capazes de expressar uma fé real, devem
confiar em todo ser humano e acabam por beneficiar seus filhos, pois o que quer
que aconteça, a fé auxilia a crer que cada pessoa é uma partícula de Deus.
Desta
maneira quando chegam à idade da catequese percebem a importância da récita das
orações e outras regras do cristianismo. A catequese é necessária para que a
criança aprenda que existe um ser, maior que seu papai e sua mamãe, envolvido
no grande mistério de toda criação, e que situações podem ocorrer independente
de sermos bons ou maus, e que várias vezes os papais ficam incapacitados para
reagir porque muitas coisas não dependem deles.
Conforme
Dolto(1999) escreve: Deus é uma questão
de vida. Não se fala de Deus porque é preciso falar dele. Fala-se dele porque
se é religioso. Ser religioso, de fato, é amar a Deus porque se é amado por
ele. Nesse momento, é inteiramente natural que se fale dele, porque é natural
falar daqueles a quem se ama.
Maria Aparecida Wahl de
Araujo
Psicóloga CRP: 06/69907
Acupunturista